quarta-feira, 12 de junho de 2013

Fundação Casa ouve menores após rebelião

Comissão de Avaliação Disciplinar pegou depoimento de parte dos adolescentes, nesta terça-feira (11)


A direção da Fundação Casa começou a ouvir ontem os adolescentes que participaram de uma nova rebelião na unidade de Jundiaí. O motim registrado na noite desta segunda-feira (10) e foi provocado, inicialmente, por cinco menores, e outros 15 aderiram à rebelião.

Os internos foram ouvidos por funcionários que compõem a CAD (Comissão de Avaliação Disciplinar) da Fundação. O objetivo é identificar quem teve participação na rebelião para que o menor sofra as medidas cabíveis, ou como suspensão de atividades, ou até mesmo transferência para outra unidade.

Segundo a diretora da divisão regional, Magali Rainato, a comissão ouvirá ainda funcionários que foram feitos reféns. “Nessa comissão também serão ouvidos os colaboradores para saber qual é a real participação de cada adolescente.”

Ao menos cinco funcionários foram feitos reféns na noite de anteontem. Segundo relato deles à polícia, os menores tentaram fugir e, como não conseguiram, passaram a hostilizar os funcionários e a depredar a unidade.

O motim começou às 21h. Os funcionários foram ameaçados com barras de ferro, utilizadas como arma.

A Polícia Militar foi acionada e mais de dez viaturas cercaram a unidade na tentativa de impedir a fuga dos menores. A equipe de contenção da Fundação Casa, conhecida como Choquinho, foi acionada e entrou na unidade. Os policiais revistaram o prédio e apreenderam as barras utilizadas pelo adolescentes.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para ficar de prontidão no local, já que na última rebelião, registrada em maio, os menores atearam fogo em colchões.

Pelo menos quatro funcionários ficaram feridos e quatro dos adolescentes também tiveram que passar pelo atendimento médico.

Ao menos seis jovens com 18 anos que ainda cumprem detenção participaram do motim e foram identificados pelos funcionários junto à Polícia Civil. O caso foi registrado como lesão corporal, evasão e motim de presos.

A última fuga foi registrada em março, quando três adolescentes conseguiram serrar as grades do dormitório e pularam o muro da unidade. A fuga só foi descoberta quando os funcionários foram efetuar a contagem dos menores e somente dois estavam no quarto, onde deveriam haver cinco.

Outras duas rebeliões foram registradas em maio. Na primeira, 20 menores tentaram fugir e fizeram oito funcionários reféns. Na segunda tentativa, registrada na mesma semana, dois funcionários foram rendidos.
 
http://diariosp.com.br/noticia/detalhe/51980/Fundacao+Casa+ouve+menores+apos+rebeliao

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