quinta-feira, 9 de maio de 2013

Agentes penitenciários mantêm greve em Rondônia


Queremos garantir nossos direitos, diz presidente do Singeperon. 
Agentes temem perder benefícios que não foram incorporados ao salário.


"O que estamos tentando fazer é garantir o cumprimento do que foi prometido pelo Governo do Estado para a categoria", afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Rondônia (Singeperon), Anderson Pereira, na manhã desta quinta-feira (9). A greve deflagrada no dia 1 de maio continua em todo o estado, até que haja um consenso e os agentes consigam melhores condições de trabalho. Desde a terça (7) a Polícia Militar controla as unidades prisionais de Porto Velho e os agentes que deveriam cumprir a escala de plantão estão impedidos de ter acesso aos presídios
Segundo Pereira, a principal dificuldade da categoria é a falta de compromisso do governo quando se trata de atender as reivindicações de quem trabalha no sistema prisional. "É preciso que sejam incorporados os benefícios dados à categoria de forma paliativa, como auxílios fardamento e alimentação, atividades penitenciárias e ressocialização, que somados totalizam R$ 800", explicou.


Os agentes reivindicam a apresentação do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR), o pagamento de adicional de insalubridade de 40% em cima do vencimento e melhoria no sistema penitenciário.
Greve
Desde o início da geve diversas manifestações foram realizadas pelos servidores, mas as negociações com o governo não prosseguiram. Com o efetivo reduzido presos de algumas unidades iniciaram motins, que foram controlados pela polícia, em diversos municípios do estado. Na capital, a paralisação dos agentes penitenciários resultou na tomada dos 11 presídios pela Polícia Militar.
Com a redução de servidores, presos que cumprem pena na Casa de Detenção Doutor José Mario Alves da Silva - o Urso Branco - fizeram buracos nas celas dos pavilhões D e E da unidade, que foram encontrados pela Companhia de Operações Especiais (COE), na terça-feira (7).
Cerca de 200 policiais militares estão mobilizados para a intervenção dos presídios de Rondônia, de acordo com o comando geral da PM. Nas unidades prisionais do interior do estado agentes penitenciários e policiais atuam em conjunto para a realização das atividades internas, já em Porto Velho a entrada dos agentes está proibida em todas as unidades. Policiais da reserva devem ser contratados emergencialmente para reforçar o efetivo por pelo menos 60 dias.

http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2013/05/agentes-penitenciarios-mantem-greve-em-rondonia.html


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