Os adolescentes que se envolvem com atos ilícitos, na maioria das vezes, refletem uma realidade de exclusão, acreditam especialistas

Brasília – O trabalho prático, no dia a dia, voltado à recuperação e
ressocialização de adolescentes infratores demonstra que vale a pena
fazer o investimento social. Essa é a opinião de Thereza Portes,
coordenadora do Instituto Undió Arte e Educação, que há 30 anos
desenvolve ações ligadas às artes com jovens de bairros carentes de Belo
Horizonte, inclusive alguns que cumprem medida socioeducativa.
Para ela, os adolescentes que se envolvem com atos ilícitos, na maioria
das vezes, refletem uma realidade de exclusão, desigualdade e omissão
do Estado e da família.
“A gente se solidariza com famílias que perdem entes queridos, sabemos que, no lugar delas, talvez também tivéssemos a urgência de fazer algo para punir, com o maior vigor possível, quem nos causou tanta dor, mas o que temos visto no dia a dia, conhecendo alguns jovens nessa situação, é a enorme vulnerabilidade a que estão submetidos”, disse.
Thereza Portes defende que, se as lacunas na garantia de direito não fossem tão grandes, muitos casos de violência praticados por essa parcela da população seriam evitados.
“A gente percebe que quando eles têm uma oportunidade real, com possibilidade de ressignificar sua vida, agarram-se a ela. Não apenas os adolescentes infratores, mas também aqueles que, mesmo não estando em conflito com a lei, não têm sonhos, perspectivas de ir além”, ressaltou.
Posição semelhante defende Joci Aguiar, coordenadora-geral da Rede Acreana de Homens e Mulheres, que desenvolve ações de promoção de trabalho, renda e direitos com foco também em adolescentes.
Ela admite que a proteção garantida pela legislação a menores de 18 anos, que têm sistema de punição diferenciado do voltado a adultos, acaba sendo utilizada por facções criminosas que “contratam” esses jovens para praticarem os delitos.
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/investimento-social-e-saida-para-evitar-crimes-diz-analista
“A gente se solidariza com famílias que perdem entes queridos, sabemos que, no lugar delas, talvez também tivéssemos a urgência de fazer algo para punir, com o maior vigor possível, quem nos causou tanta dor, mas o que temos visto no dia a dia, conhecendo alguns jovens nessa situação, é a enorme vulnerabilidade a que estão submetidos”, disse.
Thereza Portes defende que, se as lacunas na garantia de direito não fossem tão grandes, muitos casos de violência praticados por essa parcela da população seriam evitados.
“A gente percebe que quando eles têm uma oportunidade real, com possibilidade de ressignificar sua vida, agarram-se a ela. Não apenas os adolescentes infratores, mas também aqueles que, mesmo não estando em conflito com a lei, não têm sonhos, perspectivas de ir além”, ressaltou.
Posição semelhante defende Joci Aguiar, coordenadora-geral da Rede Acreana de Homens e Mulheres, que desenvolve ações de promoção de trabalho, renda e direitos com foco também em adolescentes.
Ela admite que a proteção garantida pela legislação a menores de 18 anos, que têm sistema de punição diferenciado do voltado a adultos, acaba sendo utilizada por facções criminosas que “contratam” esses jovens para praticarem os delitos.
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/investimento-social-e-saida-para-evitar-crimes-diz-analista
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