quinta-feira, 11 de abril de 2013

Após morte de estudante, Alckmin pede mais rigor para menores infratores

Governador de São Paulo sugeriu mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para inibir impunidade de jovens

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu na manhã desta quinta-feira alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que amplie o rigor em penas a infratores com menos de 18 anos. As declarações foram feitas quando o governador comentava o caso do estudante Victor Hugo Deppman, 19 anos, morto por um adolescente de 17 anos na terça-feira, durante um assalto. O suspeito, que se entregou na quarta-feira à polícia, completará 18 anos nesta sexta-feira e, caso seja condenado, cumprirá pena como menor. Ele já tinha um registro de ato infracional cometido na região. As informações são do Jornal Hoje.

"Mais uma vez, é um menor de 18 anos de idade que, daqui a alguns dias, vai completar 18 anos, mas como foi uma semana antes de completar 18 anos, ele vai ficar apenas 3 anos na fundação Casa. Vai sair com a ficha limpa, embora seja um caso grave e reincidente", criticou Alckmin. O governador defendeu punições maiores aos infratores e sugeriu que, após atingirem a maioridade, sejam transferidos a presídios para cumprir o restante da pena. "Nós defendemos a mudança da legislação federal no sentido de que, para casos mais graves e reincidentes, esse prazo (pena) seja bem maior para estabelecer limites. E de outro lado, quem completou 18 anos, não deve ficar na Fundação Casa", opinou.

Morto na porta de casa
O estudante de Rádio e TV Victor Hugo Deppman, 19 anos, foi abordado, na noite de terça-feira, por um adolescente armado na rua Herval, no Belém. Sem reagir,  Victor entregou o celular ao suspeito. Durante a ação, com a dificuldade em tirar a mochila da vítima, o infrator acabou disparando contra o universitário.

O único tiro acertou a cabeça do jovem. Segundo informações da Polícia Militar, o jovem chegou a ser encaminhado ao pronto-socorro do Hospital Santa Virgínia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.  Victor estudava na Faculdade Cásper Líbero e fazia estágio na RedeTV!, em Osasco, na Grande São Paulo.

O caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte) na Central de Flagrantes do 31º DP, na Vila Carrão e encaminhado para o 81º DP, do Belém.

http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/apos-morte-de-estudante-alckmin-pede-mais-rigor-para-menores-infratores,09357fedd2afd310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

Um comentário:

  1. Não fica três anos nem se matar duas pessoas! Isso é fato. O tempo máximo que fica num homicídio é de 1 anos e seis meses. Pois é diretriz da Fundação Casa e do Sinase que a medida seja o mais breve possível pois se o infrator ficar mais de 1 ano e meio interpretam que a medida esta sendo punitiva ao invés de educativa. Entretanto pode ficar até 3 anos mais num fica! Fato é fato infelizmente é assim.

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