quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Filho do comandante da Guarda de Piracicaba viola 9 regras de estatuto


Rapaz disparou para cima, tinha cigarro de maconha e bebidas no carro.
Caso infrações sejam comprovadas, poderá ser demitido da corporação.


O guarda municipal Silas Romualdo Júnior, de 29 anos, filho do comandante da corporação em Piracicaba (SP), pode ser enquadrado em nove transgressões previstas no Estatuto da Guarda Municipal, além de outros dois agravantes, por ter sido preso no sábado (29) por disparo de arma de fogo, posse de entorpecente e desacato a policiais militares. O rapaz está afastado das funções e responde a processo administrativo. O caso pode resultar em demissão.
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe recebeu denúncia anônima de que um homem havia disparado para cima com uma pistola em um posto de gasolina na Avenida Cássio Pascoal Padovani. Ao chegarem ao local, os policiais viram o guarda, sem farda, com um revólver na cintura e embriagado. Ele resistiu à prisão e chegou a agredir fisicamente um dos militares, que o conteve com tiros de bala de borracha.


No carro de Romualdo Júnior foram encontrados tubos de spray de pimenta, uma ponta de cigarro de maconha, uma garrafa de uísque pela metade e três latas de cerveja fechadas. Algemado e conduzido ao plantão da Polícia Civil, o rapaz pagou fiança e foi liberado. A Ouvidoria da Prefeitura investiga o caso.
Estatuto
O estatuto da Guarda Municipal de Piracicaba (Lei Complentar número 067/1996) prevê punições para uma série de transgressões e, em alguns casos, aponta infrações que podem resultar em demissão. Caso se comprove que Romualdo fumou o cigarro de maconha e confrontou poderes constituídos, a punição prevista é a exoneração do cargo.
Entre as transgressões estão apresentar-se publicamente em estado de embriaguez fardado ou trajado civilmente; fazer uso indevido de arma; disparar a arma por descuido ou sem necessidade; portar ostensivamente arma ou instrumento intimidativo em público, quando não em serviço; praticar, na vida privada, ato que provoque escândalo público; desconsiderar autoridade civil ou militar; e faltar com o devido respeito à população. As circunstâncias agravantes são falhas cometidas em conjunto ou conexão com outras transgressões e as praticadas em público.


Silêncio
O pai do guarda municipal, o comandante Silas Romualdo, não quis falar sobre o caso quando a reportagem do G1 Piracicaba e Região o abordou durante a posse, nesta quarta-feira (2), na sede da Prefeitura. "Não é o momento e não vou comentar o assunto."


G1



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