Menor que incendiou moradora de rua é morto dentro da cela, diz Iases
Ele estava internado na Unidade de Internação Provisória, em Linhares.
Instituto afirma que ele foi assassinado por colegas de cela.
O adolescente que incendiou e matou uma moradora de rua foi assassinado dentro da unidade do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) , na madrugada desta quarta-feira (23), em Linhares, na região Norte do estado. Gabriel da Silva, de 17 anos, foi assassinado por colegas de cela, segundo o Iases. O diretor-presidente do instituto, Leonardo Grobério, informou que o Iases vai abrir uma sindicância para apurar se houve erro dos agentes. A mãe do menor esteve no Serviço Médico Legal (SML) para liberar o corpo e disse que o filho era usuário de drogas e sonhava em sair do Iases.
Gabriel estava internado por ter colocado fogo em uma moradora de rua, em março do ano passado. Marinalva Silva, de 56 anos, teve 70% do corpo queimado e morreu. O adolescente chegou a ser apreendido e liberado horas depois do crime por determinação do Ministério Público. Na época, o órgão informou que a reintegração à família foi determinada diante da confirmação de domicílio fixo e comprovação de que o menor é estudante. Em abril, após decisão assinada pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Linhares, Carlos Madeira Abad, o adolescente foi apreendido em sua casa e levado para a Unidade de Internação Provisória, onde cumpriria três anos de medida socioeducativa.
De acordo com o delegado Fabrício Lucindo, além da vítima, outros três internos estavam no abrigo no momento do crime. "Tinha a vítima e outro adolescente e mais dois adultos no alojamento. Um dos menores assumiu o crime e os outros dois adultos disseram que não tiveram nenhuma participação", informou Lucindo.
Alojamento onde adolescente foi morto, em Linhares. (Foto: Reprodução/TV Gazeta Norte) |
A direção do Iases disse que Gabriel já tinha reclamado de ameaças, por isso foi transferido de cela. Segundo o diretor-presidente, o menor pode ter sido morto com um alicate usado em consultório dentário, furtado durante uma rebelião. “Ele foi amarrado e amordaçado com um tecido e, em seguida, atingido no peito com um golpe de alicate usado em consultório dentário, furtado durante uma rebelião na unidade”, disse Grobério.
Nenhum comentário:
Postar um comentário