quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Polícia Civil conclui inquérito e pede prisão de 9 agentes

Servidores são acusados de maus tratos e abusos sexuais de adolescentes



Delegado Paulo Araújo pediu prisão de cinco
agentes do Complexo Pomeri

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre as denúncias de abusos sexuais e maus tratos a adolescentes dentro do Complexo do Pomeri, em Cuiabá, e pediu a prisão de nova agentes educadores. O caso foi encaminhado para o Ministério Público Estadual.

Dos nove agentes envolvidos, apenas A. H., o "Wolverine", está com a prisão temporária decretada. O delegado Paulo Alberto Araújo, da Delegacia Especializada do Adolescente, pediu a conversão da prisão temporária para preventiva.

O inquérito foi concluído na quarta-feira e protocolado na 6ª Vara Criminal de Cuiabá, onde a juíza Suzana Guimarães Ribeiro Araújo encaminhou para análise do MPE.

O promotor João Augusto Veras Gadelha deverá entregar hoje seu parecer. Ele informou que já está analisando o inquérito e o pedido das prisões.

Investigação

Durante o inquérito, instaurado no dia 20 de outubro, mais de 20 pessoas foram ouvidas.

As investigações iniciaram após um adolescente de 14 anos, morador de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá) e que cumpria atividades socioeducativas no Pomeri, ter relatado ao pai dele que, dentro da unidade, ocorreria um esquema de "rodízio" de abusos dos adolescentes maiores contra os menores.

Diante da situação, o pai procurou a psicóloga para fazer a denúncia, assim como os agentes educadores e técnicos que atuam dentro da unidade.

Os policiais descobriram que os suspeitos dos abusos ficaram sabendo e estupraram o garoto delator.

Conforme os depoimentos dos menores, o agente educador “Wolverine” foi complacente com os abusos.

Para o delegado Paulo Araújo, o mais grave é que dois menores relataram que ninguém fez nada para acabar com o estupro coletivo.

Prisão e afastamento

Na semana passada, a juíza Suzana Aragão havia decretado a prisão temporária de “Wolverine” e ainda expediu mandando de busca e apreensão nas celas do Pomeri.

Além da prisão temporária do agente, a juíza afastou a diretora Maria Gizelda da Silva e o gerente de internação de internação masculina, Urias Avelino Dantas do Complexo Pomeri.

A liminar de afastamento foi pedida pelo delegado Paulo Araújo, pois havia indícios de que os dois estariam dificultando as investigações que apura denúncias de tortura de internos.



Mídia News

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