“Vamos buscar a humanização de nossos presídios em Brasília e dos estabelecimentos de menores e adolescentes nos exatos termos da Constituição, para evitar que os estabelecimentos de internação coletiva, seja de menores, seja de adultos, se tornem casas de tortura ou de tratamento degradante, desumano e cruel”, enfatizou Ayres Britto na solenidade de assinatura do convênio, na sede do STF.
O acordo firmado por Agnelo e pelo chefe do Judiciário pondera, no entanto, que a desativação do Caje se dará completamente apenas se, até o final de 2014, houver no DF unidades disponíveis com estrutura física própria para receber os adolescentes que estiverem cumprindo medida socioeducativa em regime fechado.
No documento de 11 páginas assinado nesta sexta, o governo do Distrito Federal prometeu que irá construir sete unidades de internação para adolescente infratores até 2015. Três instalações previstas para serem concluídas no próximo ano já estão em fase de construção (São Sebastião, Brazlândia e Santa Maria).
Os projetos de outras duas casas (Sobradinho e Gama), programadas para 2014, ainda aguardam a aprovação dos órgãos competentes, afirmou o GDF. As unidades de Ceilândia e Samambaia, entretanto, devem ser concluídas em dezembro de 2015, quase um ano após o fim deste mandato de Agnelo.
“Essa situação das medidas socioeducativas é uma área muito grave e crônica aqui no Distrito Federal. Procurei o nosso ministro (Ayres Britto) pela gravidade da situação e o CNJ teve uma atitude muito pró-ativa de construção de soluções conjuntas de uma questão tão delicada para toda a sociedade”, enfatizou Agnelo.
De acordo com Agnelo, o planejamento assumido com o Judiciário é suficiente para reorganizar todo o sistema socioeducativo do DF. O convênio destaca, ainda, que deverão ser criados locais exclusivos para adolescentes do sexo feminino e para a internação provisória de jovens e adultos.
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/11/agnelo-se-compromete-com-cnj-desativar-antigo-caje-ate-2014.html
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