
Os agentes socioeducativos do Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) realizarão na tarde desta terça-feira, 27, uma assembleia em frente à Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (Usip). O objetivo é discutir os problemas da superlotação no Cenam e número insuficiente de agentes para atender aos adolescentes.
De acordo com o Sindicato dos Agentes de Medidas Socioeducativas (Sindasse), não há no Cenam número suficientes de agentes. “Hoje temos mais de 70 menores para nove agentes, sendo que o adequado seria um agente para cada três menores. Fica muito difícil trabalhar assim e só complica com as rebeliões”, afirma Valtênio Marques.
Além do número reduzido de profissionais, os agentes reivindicam por melhorias na estrutura do Cenam e nas condições de trabalho. “Durante assembleia vamos discutir alguns benefícios que não são pagos aos agentes. A exemplo de hora extra. Sem contar que levamos os menores para audiência e não recebemos nenhum acréscimo por isso. Uma atividade considerada perigosa”, afirma Valtênio.
Rebelião
Na manhã da última segunda-feira, 26, mais de 20 menores se rebelaram no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam). Um dos motivos apontados pelos agentes para o motim foi a falta de estrutura. Durante a rebelião, dois menores conseguiram fugir e ainda não foram localizados pela polícia.
Fundação Renascer
A assessoria de Comunicação da Fundação Renascer informou que a capacidade de espaço no Cenam é para 60 menores e que já houve momentos piores em que a unidade tinha mais de 100 menores. A Fundação Renascer ainda ressaltou que a liberação dos adolescentes depende da justiça, e que o Governo não tem autoridade para liberar.
Por Adriana Freitas e Kátia Susanna
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