Agentes que trabalham na unidade da UIPP (Unidade de Internação do Plano Piloto), antigo Caje (Centro de Atendimento Juvenil Especializado), fizeram um protesto de frente à unidade. Eles reivindicam melhores condições de trabalho, como uso de armamento, mais segurança nas escoltas, o afastamento de servidores e até maior controle na quantidade de cigarros que os visitantes levam aos internos do local.
Entre as principais reivindicações, está o reforço na segurança para as escoltas, quando agentes precisam sair com internos, para consultas médicas, por exemplo. O presidente do SINDATRS-DF - Sindicato dos Atendentes de Reintegração Social do Distrito Federal, Waldimar de Souza Paes,afirma que há receio por parte dos agentes quanto às saídas.
— Pode acontecer acerto de contas de bandidos com os internos nessas saídas e isso coloca a vida dos agentes em risco.
A secretária da Criança do DF, Rejane Pitanga, afirma que foi criado um grupo de trabalho, que tem elaborado um conjunto de ações para esse tipo de transporte.
—Os agentes farão um curso preparatório com dois especialistas da Secretaria de Segurança. Além disso, os veículos que transportam internos terão rádios ligados ao Ciade (Central Integrada de Atendimento).
A secretaria informa que, quanto à questão do uso de arma pelos agentes, não se trata de uma resolução que cabe ao GDF (Governo do Distrito Federal). O uso de armamento por esses servidores é proibido por lei.
De acordo com o presidente do SINDATRS-DF, foram afastados na última semana, três servidores que teriam feito críticas á gestão do Caje e ao GDF.
A secretária Rejane rebate e diz que o afastamento, com prazo inicial de 60 dias, aconteceu porque os agentes teriam incitado a violência dentro da unidade e que o caso é investigado por uma corregedoria.
Os agentes também reclamam da entrada de cigarros no Caje, levados aos menores, geralmente, por parentes durante as visitas. Eles se dizem incomodados e temem riscos à saúde, pois a quantidade de internos que fuma é muito alta. Segundo a classe, há uma cartilha que permite que cada menor receba até cinco maços de cigarro por visita.
A Secretaria da Criança nega a existência desta cartilha e informa que será criado um programa em parceria com a Secretaria de Saúde para tratar da questão do vício em tabaco e de outras substâncias pelos internos.
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