Na casa dele, o pai, que não quis ser identificado, admite que não adianta mais colocar cadeados. O vidro quebrado, o reforço na porta e a janela com grade mostram o esforço dele para evitar que o filho roube a família e novos objetos sumam de dentro de casa. “O que eu fiz aqui foi por grade na casa em todas as bandas sem poder. E praticamente eu não tenho mais opção”, confessa.
Segundo a polícia, ao ser encaminhado à delegacia, o garoto se mostra calmo e conta com detalhes como realiza as ações. Inclusive, ele assumiu aos agentes que utiliza o dinheiro da venda dos objetos para o consumo de drogas.
Para o Ministério Público e o Conselho Tutelar, o caso é de internação, mas não há vagas na cidade para adolescentes que cometem atos infracionais. “Os nossos adolescentes são encaminhados para a capital, já que na cidade não há estrutura suficiente para recebê-los”, afirma o promotor Giordane Naves. “Tinha um projeto de construção de um abrigo aqui, mas pelo que sei até agora não saiu do papel”, completa o presidente do Conselho Tutelar de Caldas Novas, Luís Carlos Barbosa.
O pai do menor lamenta a situação; “Parece que você está vendo seu filho morto na sua frente. Eu não tenho nome mais em Caldas Novas”.
De acordo com a Secretaria Estadual de Cidadania e Trabalho, o projeto para a construção de um centro de internação na cidade existe, mas só deverá ser executado a partir do próximo ano.
http://g1.globo.com/goias/noticia/2012/10/sem-local-para-internacao-jovem-e-apreendido-e-solto-12-vezes-em-go.html
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