Versão de PM é que adolescente estava tentando roubar um amigo dele na zona Oeste
Um jovem de 15 anos morreu depois de ser baleado por um policial militar, que não teve o nome divulgado, na noite desta segunda-feira (9), na avenida Patriarca, no Parque Ribeirão Preto, zona Oeste. Luciano Ângelo de Lima Filho foi atingido por um tiro de pistola depois de, supostamente, ter tentado assaltar o policial, que estava de folga do trabalho e ajudava um amigo a resolver um problema mecânico em um carro, a 300 metros de um posto de combustíveis, local onde o jovem caiu subitamente de uma bicicleta.
Luciano chegou a ser socorrido com vida, mas morreu a caminho da UBDS Vila Virgínia. A família, que mora a poucos quarteirões de onde ocorreu o crime, contesta a versão do policial militar e diz que o jovem foi morto porque estaria derrubando um cone no posto de combustível, onde o policial fazia segurança.
Segundo o tenente Del Vecchio, da Polícia Militar, no boletim de ocorrência o policial disse que teria sido abordado por três homens de bicicleta e que um deles, no caso o jovem de 15 anos, teria apontado um revólver calibre 32 para o amigo que ele tentava ajudar e que, por isso, ele atirou.
Segundo um frentista e uma testemunha, que não quiseram ser identificados, Luciano e um outro jovem estavam em duas bicicletas e, na altura do posto, a vítima caiu. Testemunhas também dizem que viram o policial correr atrás do jovem. A ocorrência e a arma seriam apresentadas no 1º Plantão Policial.
Familiares fazem denúncia contra ação de policial
Os familiares do jovem morto procuraram a Comissão de Direitos Humanos da OAB para denunciar o caso. O presidente da comissão, Vanderley Caixe, esteve reunido com familiares na noite desta segunda-feira (9) e informou que vai se pronunciar sobre o caso nesta teça-feira (10).
De acordo com os familiares da vítima, o jovem foi morto pelo policial militar, que fazia segurança do posto de combustível, porque chutou por algumas vezes um cone do estabelecimento.
O policial teria pedido para o jovem parar de chutar o objeto. O menino não deu ouvidos à ordem e depois saiu andando. O policial teria, neste momento, atirado contra o jovem, de acordo com os familiares.
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