De acordo com o promotor da Vara da Infância e Juventude de Praia Grande, Carlos Cabral Cabrera, uma reunião amanhã entre o MP (Ministério Público) e a presidente da Fundação Casa, Berenice Giannella e o vice-presidente Cláudio Piteri, vai definir os rumos das unidades I e II da Praia Grande, que somente neste mês registrou quatro rebeliões com a fuga de 40 internos; 30 ainda estão foragidos.
Será definido, por exemplo, se os locais passarão por interdição parcial ou total, procedimento recomendado pelo MP em inquérito civil instaurado no dia 17 de julho.
Segundo o promotor, desde a inauguração da Fundação Casa, no ano passado, visitas bimestrais são feitas. Desde então alguns problemas vêm sendo detectados. “O principal deles é de ordem arquitetônica, já que os meninos têm acesso visual e conseguem manter contato verbal com a população. Houve casos de pessoas jogarem entorpecentes aos meninos”, afirma o promotor.
O promotor afirma ainda que a Fundação já havia feito licitação para a realização de obras, como aumento do muro e colocação de uma manta lateral que impede contato visual.
Com as sucessivas rebeliões a situação piorou e o MP recomendou uma interdição.
Além das drogas, houve um ato infracional por parte de um jovem que tentou abusar sexualmente de outro, segundo o promotor. Em algumas situações, seja por falta ou afastamento, não há profissionais suficientes para atender a demanda no local.
Sobre as rebeliões recentes, o promotor ainda aguarda pelos relatórios.
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