Ação é realizada em Lauro de Freitas e Itabuna.
Seap confirma atraso no salário e diz que irá regularizar situação.
O Sindicato dos Agentes Disciplinares Penitenciáros do Estado da Bahia (Sindap) diz que a categoria faz uma paralisação em dois municípios do estado nesta quinta-feira (1º). O diretor sindical Antônio Reis Ferreira afirma que somente os serviços essenciais estão sendo realizados por 30% dos funcionários das penitenciárias de Lauro de Freitas e Itabuna.
"A gente está reivindicando pagamento salarial, com atraso há dois meses. Estão parados agentes penitenciários, pessoal da área técnica, pessoal da cozinha, médicos, advogados e limpeza. Só [trabalha] o pessoal que serve o café dos internos mesmo, a visitação está suspensa, e se tiver emergência, a ambulância sai", relata Antônio.
No Conjunto Penal de Lauro de Freitas, no bairro Vida Nova, a mobilização começou quarta-feira (31), às 5h30. "Aguardamos o contato do secretário ou governo. Nossas condições de trabalho são as piores, não temos direito ao alojamento para horário de almoço, não tem água potável, é de torneira, o fardamento deveria ser de seis em seis meses e há dois anos não é repassado. Se não tivermos um retorno, o movimento será fortalecido e vamos deflagrar greve", diz Antônio.
Segundo o Sindap Bahia, o Conjunto Penal de Lauro de Freitas abriga 432 internos, detidos por diversos crimes, e entre eles estão pessoas consideradas de alta periculosidade.
Em nota oficial, a Seap diz que o " foi feito o repasse de abril à empresa cogestora das unidades prisionais de Lauro de Freitas e Itabuna, estando em aberto o pagamento dos meses de maio e junho. A equipe da Seap está enviando todos os esforços para regularizar a situação, estando previsto o repasse de uma parte deste pagamento até o final do dia de hoje (01/08). Apesar disso, a empresa prestadora do serviço fez o pagamento de todos os agentes penitenciários até o mês de junho. Em atraso estão apenas o salário de junho do corpo técnico (36 profissionais de um total de 420 integrantes do quadro funcional), o que deverá estar sendo regularizado até amanhã (02)".
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2013/08/agentes-penitenciarios-fazem-paralisacao-em-cinco-cidades-da-ba.html
Greve de agentes penitenciários suspende visita a presos em Mato Grosso
Em Mato Grosso, uma greve dos agentes penitenciários suspendeu as visitas aos presos.
A Penitenciária Central, a maior de Mato Grosso, tem capacidade para 850 detentos, mas abriga hoje cerca de dois mil. A superlotação é uma das reclamações dos agentes penitenciários.
Eles também reclamam do número insuficiente de profissionais. São 2,5 mil para controlar 12 mil presos no estado. A categoria reivindica ainda mais segurança nas unidades e aumento salarial.
Esta semana, por causa da suspensão das visitas, houve confusão entre os grevistas e os parentes dos presos. A Justiça determinou o fim da paralisação, mesmo assim, a categoria decidiu manter a greve. A Secretaria de Justiça e direitos humanos diz que já atendeu a maioria das reivindicações e que vai contratar agentes temporários.
Em greve por tempo indeterminado desde 26 de julho, os agentes penitenciários do Mato Grosso
tem como pauta dez reivindicações, entre elas o reajuste salarial de 20% retroativo de 2012, 25% para este ano, 30% para 2014, pagamento de adicional de insalubridade, encaminhamento de projetos, convocação emergencial de efetivo – a única atendida pelo Estado até o momento -, regulamentação da escola penitenciária e criação da corregedoria do sistema penitenciário no Estado.
A greve teve início depois que os servidores rejeitaram a proposta do governo de reajuste salarial de 5% para 2014 e mais 5% em 2015. Em todo o Estado, 2,5 mil servidores atuam na área, entre agentes penitenciários, assistentes e profissionais da saúde.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), representantes do governo estadual afirmaram que reiniciariam as negociações com a categoria caso os funcionários encerrassem imediatamente a paralisação. A categoria decidiu não acatar a proposta.
“Firmamos um acordo em dissídio coletivo no mês de maio com o governo do Estado junto ao Tribunal de Justiça, o qual não foi cumprido justamente pelo governo. Diante disso, a categoria ficou desacreditada em relação as propostas do Estado. Nós colocamos a proposta em votação, mas a mesma foi rejeitada por praticamente todos os servidores presentes”, disse o presidente do Sindspen, João Batista.
Atualmente, 30% da atividade foi mantida, contrariando a liminar que determinou a manutenção de 70% do efetivo, sob multa de R$ 7 mil a cada dia descumprido. A categoria está recorrendo da decisão judicial.
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