Os funcionários da Fundação Casa (antiga Febem) decidiram adiar por tempo indeterminado o indicativo de greve geral, que havia sido aprovado para a próxima terça-feira (20). A assembleia foi realizada na manhã deste sábado (17) na sede do Sitraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo), localizado no Tatuapé, na zona leste de São Paulo. A mobilização da categoria continua.
Na sexta-feira (16), a administração da fundação convocou o Sindicato e a Comissão de Trabalhadores para oferecer uma contraproposta da pauta de reivindicação, tendo como ponto principal reposição salarial, 30 horas dos técnicos, abertura de mesa de negociação para contratação de novos servidores, entre outros pontos.
As principais reivindicações dos trabalhadores são: piso salarial, reajuste real, reposição de perdas, isonomia do Plano de Cargos e Salários e, primordialmente, segurança nos locais de trabalho.
Nesta segunda-feira (19), representantes do Sitraemfa deverão se reunir com membros do Ministério do Planejamento para discutir saídas para a questão salarial dos funcionários. “Nossa proposta é de um aumento de 27% para todos os funcionários, que servirá como reposição salarial. Mas, com uns 15% já seria um bom começo”, destaca o diretor de comunicação do sindicato.
No próximo sábado (24), após a conclusão da análise da proposta, os funcionários da Fundação Casa se reunirão com membros do sindicato. Se o valor oferecido pelo Governo do Estado não for satisfatório, a categoria garante que, após a segunda-feira (26), todos entrarão em greve.
“A lei determina que uma porcentagem dos funcionários continue trabalhando apesar da greve, mas o sindicato não pode garantir este número, afinal cada funcionário sabe de si e, se todos aderirem, o serviço poderá sim parar por completo”, declara João Faustino.
Negociação segue
Em todo o Estado, a Fundação Casa conta com cerca de 12 mil funcionários e, segundo o Sitraemfa, mais da metade dos trabalhadores demonstrou interesse em entrar em greve imediatamente. “A tensão para adiar a data foi grande”, comenta o diretor de comunicação do sindicato.
A assessoria da Fundação Casa avalia a negociação como positiva, com grande possibilidade de que um acordo seja firmado. A fundação pretende continuar a negociação com o sindicato ao longo da semana para que, até sábado (24) – na próxima assembleia – a situação tenha sido resolvida.
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