quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Mobilização nacional dos servidores do sistema socioeducativo em Brasilia

Agentes socioeducativos paralisam por 24 h em todo país, diz sindicato

Servidores interditaram três das seis faixas da S1 em passeata em Brasília.
Grupo reivindica porte de arma, aposentadoria especial e reconhecimento.

Faixa estendida por agentes socioeducativos em frente ao Congresso Nacional (Foto: Jéssica Nascimento/G1)
Faixa estendida por agentes socioeducativos em frente ao Congresso Nacional (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

Agentes socioeducativos fazem nesta quarta-feira (21) uma paralisação de 24 horas em todo o país para reivindicar aposentadoria especial, porte de arma, investimentos estruturais, regulamentação do cargo e reconhecimento da profissão. Cerca de 400 servidores de 27 estados realizaram um ato nesta manhã em Brasília, segundo o sindicato da categoria. O Conselho Nacional de Entidades Representativas dos Servidores e Trabalhadores do Sistema Socioeducativo (Conasse) aponta que cerca de 15 mil agentes socioeducativos trabalham no país.

O grupo se reuniu no Museu Nacional da República e iniciou uma marcha por volta das 10h até o Congresso Nacional. Três das seis faixas da via S1 do Eixo Monumental foram interditadas durante a passeata. Por volta das 11h40, eles chegaram ao gramado em frente ao Congresso, onde cantaram o hino nacional.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa do DF (Sindsse), Cristiano Torres, a greve, que durou dez dias na capital, serviu para pontuar novas reivindicações da categoria. Segundo ele, os problemas apresentados são comuns em todo o país.

"Nossa carreira é insalubre e perigosa. Todos os servidores de segurança se aposentam da seguinte forma: homem com 30 anos de serviço e mulher com 25. Por que temos que ser excluídos? A profissão é estressante, complicada e merece ser reconhecida."

Agentes socioeducativos durante passeata em Brasília (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

O porte de arma e os investimentos em infraestrutura nas unidades de internação também são uma das principais reivindicações dos agentes socioeducativos. Segundo Torres, faltam veículos apropriados e treinamentos específicos para os servidores.

"Somos ameaçados diariamente de morte. Muitas vezes essas ameaças se concretizam, por isso devemos conquistar esse porte de arma. Precisamos nos defender e a nossa família também."

O presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducativos do Espírito Santo, Bruno Minelle, 28 anos, pede melhorias no sistema educativo, valorização e mais concursos públicos. "Decidimos paralisar por 24 horas porque o sistema está precário e carente. No Espírito Santo, por exemplo, uma unidade de internação que deveria ter 700 adolescentes abriga 1.250. Viemos a Brasilia porque aqui tudo gira, tudo se escuta."

O agente socioeducativo Lucas Jacobina, de 24 anos, conta que em cinco anos de trabalho, as unidades de internação nunca estiveram tão ruins. "O DF está um caos. Não tem material de proteção individual, as algemas são compradas com nosso dinheiro e falta iluminação à noite."

O G1 pediu posicionamento à Secretaria da Criança e aguarda retorno.


3 comentários:

  1. Se os governantes não derem ouvidos as nossas reivindicaçãoes entraremos em greve sim, garanto que não precisará mais que um dia, sera o suficiente para os anjos acabarem com tudo.

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  2. Penso que a fundação casa não deveria colocar ou abrir espaço para ong's, teria que ser no quadro funcional só concursados, estamos casados de saber que ong's só serve para lavar e desviar o dinheiro da sociedade, para os governantes ta bom, porque eles se beneficiam desses desvios, isso é brasil meu povo sofrido.

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  3. ta na hora de muda de agente de apoio socieducativo aqui em são paulo para agente de segurança ,tbm muda Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania para uma secretaria de segurança publica do estado so assim muda nossa cargo pra melhor por que da não gente estamos sem proteçao do nosso governo pra exerce uma funçao mas segura sem direitos nenhum. so com deveres sem respaldo vamos a luta. por que direitos humanos so pra menores inflatores. funcionario não tem direito humanos pra nós defender...

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