Após 15 dias de greve e dois de negociação com o governo
do Estado, os agentes penitenciários de São Paulo decidiram na noite
desta quarta-feira aceitar a proposta apresentada pelo governo
e encerrar a paralisação da categoria, iniciada em 10 de
março. Eles retornam ao trabalho a partir da 0h desta quinta-feira.
A decisão, tomada em 19 assembleias realizadas na
capital e interior do Estado, foi apertada: em 11 assembleias (Balbinos,
São José do Rio Preto, São Vicente, Bauru, Marília, Assis, Avaré,
Mirandópolis, Andradina, Franco da Rocha e Campinas), os agentes
decidiram pelo fim do movimento. Em oito (Suzano, Taubaté, Sorocaba,
Lucélia, Ribeirão Preto, Itapetininga, Presidente Prudente e São Paulo)
os agentes votara pela continuidade da paralisação.
“Tivemos uma decisão apertada, a categoria está
dividida, mas uma maioria optou pela volta ao trabalho e então vamos
voltar. Mas o importante é que, apesar da decisão apertada, a greve
mostrou que a categoria está amadurecida e vai aceitar a decisão da
maioria”, declarou João Alfredo de Oliveira, diretor do Sindicato dos
Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp).
“Foi uma vitória da categoria, que está unida e soube fazer um
movimento sem baderna, sem quebra-quebra, com responsabilidade”,
completou Oliveira.
A proposta do governo foi aceita pela comissão unificada
de greve depois de oito horas de rodada de negociação nesta
quarta-feira no Palácio dos Bandeirantes. A rodada foi intermediada pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT), que chamou as partes para uma
tentativa de acordo. Os grevistas suspenderam a paralisação por 48 horas
para negociar, mas o primeiro dia de negociação terminou sem acordo. No
segundo dia, nesta quarta, foram necessárias oito horas de reunião para
se chegar a uma proposta que agradasse os dois lados.
Pela proposta do governo, apenas um nível de carreira
será extinto, caindo de oito para sete níveis - os grevistas queriam
seis níveis. Mas o governo concordou em dar reajustes que variam
conforme o nível e a conceder promoção imediata a todos servidores, o
que na prática reajusta os salários entre 7,7% a 11,9%. Para o
Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo
(Sifuspesp), o reajuste é razoável, porque mais da metade dos 37 mil
servidores do sistema prisional, que estão enquadrados entre a terceira e
quinta classes, terão reajustes entre 9,2% e 11,9%.
http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/sp-agentes-penitenciarios-aceitam-proposta-e-encerram-greve,9ce6732643105410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
Parabéns, sem ironia, parabéns, pois aqui na Fundação Casa não vão sair dos miseros 6.68 %.
ResponderExcluirEucatex
Saberote
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